Avançar para o conteúdo principal

Entradas Novas


Às sextas, haverá música nova no Blog de Uma Nota Só, aproveitando a esperança típica do início dos fins-de-semana.

1. Para começar, o regresso de Janelle Monáe, reencarnando Prince em "Make Me Feel". O som é todo Paisley Park, com uma atualizaçãozinha para as gerações que não fazem ideia a que soava Prince. Seria um avanço muito promissor do álbum previsto para Abril, não fora o lançamento, quase em simultâneo, de outro single, "Django Jane", que é "só" a Monáe do costume - ainda que a letra mereça uma cuidada análise e mais não digo... só ouvindo, sem preconceitos.



2. Depois, para algo completamente diferente: Half Waif. Parece mais um projeto indie armado ao melodramático, mas a trama sonora é muito bem trabalhada, além de ser de um enorme bom gosto. compensado a voz irritante de Nandi  Rose Plunkett, a senhora que faz tudo no projeto, e o pretensiosismo da letra, que até fala em "collective bodies"... A ouvir com uns bons headphones.


3. E terminando em Towkio, o rapper de Chicago contratado e produzido pelo lendário Rick Rubin. O álbum não me interessa particularmente, mas este "Morning View", em parceria com a diva R n' B da moda, Sza, é uma canção do outro mundo. A guitarra, que parece ter sido trazida do estúdio dos Cocteau Twins, serve de base a uma melodia quase angelical, por cima da qual um rapper bad ass canta (e canta mesmo) "Oh que bela visão matinal". Digam lá se não merece atenção.

 

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Ryuichi Sakamoto, "Merry Christmas Mr. Lawrence"

Na banda sonora de uma vida não pode faltar o Natal de Mr. Lawrence. Sempre que um homem quiser.

MGMT - Little Dark Age

O Tiago Ribeiro já me tinha dito, mas eu, com a mania de que não há álbum como o primeiro, nunca mais gostei de nenhum disco dos MGMT desde 'Oracular Spectacular'. Porque prezo muito a opinião musical do Tiago, decidi dar uma margem de três audições integrais a "Little Dark Age" e fazer de conta de que se trata do primeiro álbum de uma banda nova. Ainda não sei se o Tiago tem razão. O novo dos MGMT é, a espaços, muito bonito, mas também é chato e confuso. Ainda tenho muitas dúvidas de que seja o regresso em definitivo depois de umas viagens mal conseguidas à estratosfera psicadélica. Estão incomodados com a tirania dos telemóveis e das redes sociais, e não gostam da Administração Trump. Ok, admito que isso possa funcionar do ponto de vista criativo, mas não percebo muito bem o tom geral da coisa.  Segundo os próprios, as chaves do álbum estão em canções como "TSLMP" ou "Days that Got Away", mas eu aposto tudo em "James", or

John Barry, "Indecent Proposal Theme"

Depois de vos ter revelado a importância que tem a banda sonora de Merry Christmas, Mr. Lawrence para a minha sanidade mental, fiquei a pensar que o filme que está na sua origem não me diz nada. Vi-o, nem sei bem quando, e nunca mais pensei nele. Julgo que até o achei enfadonho e um pouco incómodo. Já com a banda sonora foi diferente. Acontece-me muito. Filmes marcantes com más bandas sonoras e, ainda mais frequentemente, filmes banais ou mesmo maus com grandes bandas sonoras. É esse o caso de "Proposta Indecente", de Adrian Lyne (1993), com Robert Redford e Demi Moore. O filme é ridículo. A banda sonora, particularmente a sua componente instrumental, é brutal! Nem sequer consigo imaginar como é que John Barry resolveu aceitar musicar um filme em que um milionário paga um milhão de dólares para passar a noite com a mulher de um coitado de um arquitecto, mas ainda bem que o fez, porque criou uma cenário musical belíssimo e justificou, por si só, o dinheiro que investira